O Diário de Anne Frank foi composto pela então
adolescente Anne Frank, no período que se estende de 1942 a 1º de agosto de
1944. Este poderia ser um diário escrito por qualquer garota de 13 anos, nos
tempos atuais, com todas as inquietudes e preocupações de uma jovem, se ela não
estivesse vivendo justamente em um dos contextos mais difíceis da história da
Humanidade, a Segunda
Guerra Mundial
Ela tinha apenas 13
anos e, de repente, viu sua existência sofrer uma transformação radical.
Subitamente Anne estava vivendo com sua família e outros judeus, companheiros
da mesma sina, ocultos em Amsterdam, na Holanda, na época em que este país foi
invadido pelos
nazistas alemães.
Em palavras singelas
e de fácil entendimento, a garota narra a rotina desta pequena comunidade
durante o período em que seus integrantes permaneceram refugiados no porão do
gabinete em que seu pai trabalhara, para onde o grupo se dirige ao tomar
conhecimento do destino que lhes estaria reservado se fossem capturados pelas
forças da Alemanha.
Neste recanto
abrigam-se a família de Anne – a adolescente, os pais e a irmã -, e a do Senhor
Van Daan – ele, a esposa e o filho Peter, que se torna o melhor amigo da
garota, e por quem ela se encanta cada vez mais. A autora deste diário registra
a vivência destas pessoas sob a ameaça constante da morte e sua visão pessoal
sobre este terrível confronto bélico.
Anne tem a ideia de
escrever um diário que pudesse realmente ser publicado após ouvir uma
transmissão radiofônica que incentivava as pessoas a documentar os eventos
ligados à guerra, pois este material teria, futuramente, um alto significado.
Ela inscreve em seus escritos tudo o que se passa no cotidiano dos fugitivos,
inclusive sua notória predileção pelo pai, que considerava amoroso e nobre, ao
contrário da mãe, com quem a menina estava sempre em confronto.
Depois de tempos
difíceis, oficiais da Gestapo descobrem o esconderijo, em 4 de agosto de 1944,
prendem os refugiados e os conduzem para diversos campos de concentração. Neste
mesmo dia o pai, Otto Heinrich Frank, recebe o diário da filha e, como é o
único remanescente do período transcorrido como prisioneiro, luta pela
publicação de seus textos, realizando finalmente o sonho de Anne. Com o auxílio
da escritora Mirjam Pressler, ele alcança o seu objetivo e lança o diário em
1947.
Na primeira versão
muitos trechos foram censurados pelo próprio pai, que tinha consciência do quanto
seria controvertido, nesta época, divulgar os conflitos entre mãe e filha, bem
como revelar aspectos da sexualidade emergente de Anne. Em edição posterior o
diário foi publicado integralmente.
Anne morreu em pleno
campo de concentração, em Bergen-Belsen, em fins de fevereiro de 1945. O Diário
original está preservado no Instituto Holandês para a Documentação da Guerra.
Os direitos autorais da obra de Anne estão reservados ao Fundo Anne Frank,
localizado na Suíça, uma vez que Otto Frank faleceu em 1980.
By Gustavo Bitencort & Gabrielly Pereira
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